'Tenha vergonha, Haddad', diz Tarcísio após ter sido acusado pelo PT de trabalhar por derrota da MP da taxação

  • 09/10/2025
(Foto: Reprodução)
Tarcísio responde sobre acusação de que trabalhou pela derrubada da MP da taxação O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), respondeu nesta quinta-feira (9) a acusações de que teria atuado para derrubar na Câmara a medida provisória da taxação e criticou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A proposta previa aumentar tributos e impulsionar a arrecadação do governo federal. "Tenha vergonha, Haddad. Respeite os brasileiros, cortem gastos, pensem que a gente precisa governar, a gente precisa sair do palanque, a gente precisa trabalhar e fazer a diferença, que é isso que a gente está fazendo aqui em São Paulo", afirmou o governador. Aliados do governo consideraram o resultado uma “sabotagem política” e atribuíram parte da articulação a Tarcísio, elogiado publicamente por parlamentares da oposição. Em vídeo publicado nas redes sociais, Tarcísio afirmou que "está trabalhando por São Paulo" e que sua gestão vem sendo alvo de uma "campanha de desconstrução de imagem por parte do PT" (veja acima). "Há meses, a gente vem sendo alvo de uma ampla campanha de desconstrução de imagem, reputação por parte do PT. Ofensas, mentiras, nas redes sociais, tudo certo, nada diferente do que a gente sempre viu", disse. Para ele, as acusações "beiram o absurdo". "Agora o PT quer me acusar de ter trabalhado para evitar que o governo cobre mais impostos da população. Estou trabalhando por São Paulo, para mudar a vida das pessoas, para fazer a diferença. É isso que a gente está fazendo." O que dizia a medida provisória A proposta previa a unificação da alíquota de 18% do Imposto de Renda sobre rendimentos de aplicações financeiras, incluindo criptomoedas; O aumento da CSLL de 9% para 15% para fintechs e instituições de pagamento. Pretendia elevar de 12% para 18% a tributação sobre as bets, mas, diante de pressões, a alíquota manteve-se em 12%. O plano de taxar títulos atualmente isentos, como LCIs e LCAs, foi retirado do texto por falta de apoio no Congresso. O objetivo era elevar a arrecadação federal e fechar o Orçamento de 2026. O governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, durante entrevista coletiva sobre intoxicação de bebidas por metanol ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Na votação na Câmara, foram 251 votos pela derrubada contra 193 para manter a medida em pauta. Após a derrubada da MP, com votos do centrão, o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), agradeceu o empenho de Tarcísio. “Tarcísio, receba a nossa gratidão, o nosso reconhecimento por todo o seu empenho. Ele tem sido um gigante no diálogo com os presidentes de partidos de centro para que a gente possa fazer essa coalizão contra o aumento de impostos”, afirmou Para não perder a validade, a medida provisória precisava ser aprovada na Câmara e no Senado até quarta-feira. Centrão votou pela derrubada da MP Todos os deputados presentes do PT (64), do PDT (14), do PSOL (13) e do PCdoB (9) deram votos para manter a MP em pauta e ser votada na Câmara. Apenas o Novo teve todos os deputados presentes votando para retirar a MP da pauta: 5 votos. O PL teve 73 votos pela derrubada, mas dois deputados do partido, Antonio Carlos Rodrigues e Nikolas Ferreira, votaram contra a retirada da MP da pauta. Ferreira disse em uma rede social que votou errado. A maioria dos deputados do União Brasil (46), PP (40), Republicanos (29), PSBD (11) e PRD (3) votaram pela derrubada. Veja como votaram os partidos e os deputados. Bastidores da articulação Segundo Sóstenes, Tarcísio de Freitas foi um dos líderes que “trabalharam muito durante a noite” para articular a derrubada da medida. “Isso mostra que a centro-direita estará unida com quem o presidente Bolsonaro disser que é ele, na hora que ele quiser. Ele é o maior líder da centro-direita”, declarou o parlamentar. Aliados do governo afirmam que a oposição politizou a votação, argumentando que a aprovação da MP seria vista como vitória política de Lula em um cenário pré-eleitoral. Com a decisão da Câmara, a medida caducou sem ser votada também pelo Senado, e não entram em vigor as novas taxações previstas no texto.

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2025/10/09/tarcisio-responde-a-acusacoes-sobre-ter-trabalhado-pela-derrota-da-mp-da-taxacao-diz-que-trabalha-por-sp-e-ataca-pt.ghtml


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